A Moon Express sagrou-se oficialmente a primeira empresa privada a obter autorização para viajar para lá da órbita terrestre. Na segunda metade de de 2017 planeia visitar a Lua.
"Estamos agora autorizados a explorar o oitavo continente da Terra, a Lua, procurando conhecimento e recursos para expandir a esfera económica terrestre para o benefício de toda a humanidade", comenta Bob Richards, co-fundador e chefe-executivo da Moon Express.
Todas
as atividades comerciais no Espaço tinham sido limitadas à órbita da Terra,
mas, depois de meses de conversações com os responsáveis governamentais, a
companhia recebeu luz verde da Administração Federal da Aviação (FAA) para
ultrapassar esses limites.
A
Moon Express tornar-se-á, assim, na quarta entidade a alunar, depois dos
Estados Unidos, a antiga U.R.S.S. e a China terem-no feito. Segundo a Quartz, a decisão da FAA não abre um
precedente para futuras explorações espaciais comerciais, isto é, cada nova
proposta empresarial será avaliada individualmente até que sejam promulgadas
leis que regulem esta atividade.
"Escolhemos
ir à Lua, porque é um bom negócio", revela Naveen Jain, co-fundador da
empresa. Uma vez na Lua, os exploradores planeiam colher água e hélio-3, criar
um depósito de combustível e eventualmente promover viagens de ida e volta. O
turismo, a extração de recursos e o desenvolvimento de tecnologia são três
outras hipóteses a considerar.
Em
novembro de 2015, o Ato de Competitividade do Lançamento Espacial Comercial
tornou os recursos eventualmente extraídos por empresas privadas fora da órbita
terrestre propriedade dessas companhias.
A
ideia desta empresa sedeada na Florida partiu do Google Lunar X-PRIZE, um
concurso internacional que promete 30 milhões de dólares (pouco mais de 26
milhões de euros) à entidade privada que alunar, viaje 500 metros na superfície
da Lua e transmita daí vídeos em HD para a Terra. A Moon Express espera agora
ganhar a competição.
Fonte: dn.pt