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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Morreu o cientista da mais longa experiência do mundo


Morreu o cientista da mais longa experiência do mundo

Fotografia © Universidade de Queensland
Durante 52 anos, John Mainstone deu continuidade a uma experiência laboratorial que já vinha de 1927. O professor morreu na sexta-feira, mas já tem sucessor.
John Mainstone morreu durante o sono, de ataque cardíaco, aos 78 anos. Estava no hospital, acompanhado de uma das filhas e de dois cardiologistas que ensinara. Para a história fica como o investigador que, durante 52 anos, teve a responsabilidade de acompanhar uma experiência laboratorial começada em 1927 por Thomas Parnell, na universidade de Queensland, na Austrália.
Esta investigação tem por objetivo demonstrar que algumas substâncias que aparentam ser sólidas são, de facto, líquidas, por intermédio de um instrumento que não é mais do que um micro-funil de vidro.
Desde o início do projeto, em que foi usada uma substância da família do alcatrão, usada em barcos, pingaram oito gotas.
A experiência valeu a John Mainstone e a Thomas Parnell o Ig Nobel (uma paródia ao prémio Nobel) da Física em 2005 e a presença no livro dos Recordes do Guinness.
Tal como o projeto continuou após a morte de Thomas Parnell, em 1948, também com a morte de Mainstone está já assegurada a sua continuidade. Além das três câmaras de vigilância que permitem observar em direto se há algum pingo a cair (o que nunca aconteceu, nem ao vivo nem através das câmaras), já foi nomeado um sucessor: Andrew White. Talvez este investigador tenha mais sorte e consiga ver uma gota.

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