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quarta-feira, 13 de março de 2013

ALMA nasce com descoberta no currículo


Telescópio foi inaugurado hoje no Chile

O maior telescópio do mundo foi inaugurado hoje no deserto de Atacama, no Chile
O ALMA, o maior telescópio do mundo, que abre uma nova janela de observação para as distâncias mais longínquas do universo e que foi inaugurado no deserto de Atacama, no Norte do Chile, nasce com novidades no currículo. Hoje mesmo é publicada na Nature e no Astrophysical Journal a descoberta de um grupo de galáxias com formação explosiva de estrelas que inclui as duas mais distantes de sempre deste tipo já identificadas. 

Estes dados novos, que resultam de uma das primeiras observações do ALMA, indicam que estas galáxias muito ativas, onde a formação de estrelas é literalmente explosiva - formam-se ali mil vezes mais estrelas do que por exemplo, na Via Láctea -, são afinal mais abundantes no universo do que se pensava até agora, afirmam os seus descobridores, que foram liderados por Joaquin Vieira, do California Institute of Technology, nos Estados Unidos.
A descoberta destas galáxias onde já estavam a formar-se estrelas mil milhões de anos depois do Big Bang, numa fase muito próxima do início do universo, vem mostrar também que o alcance do ALMA para estas observações longínquas é certeiro.
As observações foram feitas durante o período experimental do ALMA, que se iniciou em Setembro de 2011 e que decorreu até agora, com a utilização de apenas 16 antenas. Nesta altura, quando acaba de ser inaugurado, tem já 57 das 66 que vai integrar quando ficar completo, no final deste ano. O conjunto das 16, no entanto, já demonstrou que o ALMA vai poder descobrir novas galáxias, estrelas e planetas que até agora eram invisíveis aos atuais telescópios e radiotelescópios.
As galáxias massivas mais distantes que foram agora descobertas graças ao ALMA têm uma atividade muito intensa e, por vezes, estão em colisão com outras galáxias do mesmo tipo. O seu estudo detalhado poderá ser feito a partir de agora, recorrendo a este mesmo telescópio. "Estamos agora a tentar utilizar as moléculas que vemos ali para perceber como e por que motivo elas são tão ativas", explicou Justin Spilker, coautor do estudo e também investigador do California Institute of Tecnhology.
Fonte: Diário de Notícias Virtual

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